quinta-feira, 20 de outubro de 2011
GARDENIJAS DEL PANO
GARDENIJA DEL PANO
é como reencontrar as casas de um outro tempo
debulhar os esconderijos em busca dos desaforos
acreditar que é possível ter aos olhos a boneca de pano
novamente com a boca feita com bic
e os cabelos de lã emaranhada.
é como ficar triste por que as janelas já não fecham.
vejam só o muro do quintal
onde escrevi numa frase que não lembro:
jamais vou deixar este lugar...
jamais vou deixar este lugar.
e vejo que cresci dentro desses vinte anos
e é estranho que se tenha iniciado o período das buscas
estar aqui como se se soubesse de tudo...
a detestar o sabor das coisas escolhidas
sem jamais ter deixado na lona o TAL verbo da escolha
ora...
se tivesse um aqui vinho eu beberia até cair
e num ataque de insanidade juvenil por conta da nostalgia
falaria coisas que por muito prendi
menina feita de estrada e memória
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário