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Fico a olhar pros teus pés e esqueço-me que um dia a lâmina escapou-me... e me feriu. Toco nos seus pés...
Posso beijá-los? Posso só ficar olhando pra eles? Posso sem anomalia alguma ficar perdido em pensamentos olhando para eles?
Posso beijá-los? Posso só ficar olhando pra eles? Posso sem anomalia alguma ficar perdido em pensamentos olhando para eles?
Por onde andaste, menina? Suas andanças são tão imaginárias, que imaginá-las é como sonhar dentro de um sonho, como subir numa escada de papelão.
Não eras nada além de uma beleza que habitava o interior de um outro corpo. Dediquei minha vida a te tirar de lá. E agora dizes com esse olhar doce que não sou muito. mas é justo... não me vistes te esculpindo antes que teus fios te achassem, e essa minha ação veio de um dom e dons não sou responsabilidade do domado.
Ah menina, não posso te mostrar as cicatrizes das lâminas que me penetraram na palma da mão esquerda enquanto eu te libertava.
E agora que estás aí, ficam as maravalhas... e tudo o que sei de ti é o que em ti crio e manipulo.
Sinto um amor estranho. Sabe-se lá o que sinto.
Sinto me arderem os olhos
É por tua causa que transformo minha carne na carne de cedros...
Estou soterrado por tudo o que criei de ti. meu mar e minha ilha. Minha vontade de ir embora.
Minha pequena Marília, que nasceu com amor nos olhos.
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