sábado, 12 de março de 2011

.
.
.
.
.
mas a palavra MUDANÇA é pesada demais.

PROCESSO? seria essa uma palavra melhor?

.
.
.
.
.

sexta-feira, 11 de março de 2011

.
.
.
.
.
e que fique claro:

OS SHOWS PRODUZIDOS EM BELÉM NUNCA VÃO PRESTAR SE OS PRODUTORES NÃO PERCEBEREM QUE AS LINGUAGENS ENVOLVIDAS NISSO SÃO MÚLTIPLAS E TANTO QUANTO A MÚSICA PRECISAM SER DEMONSTRADAS DE FORMA EXCELENTE.

.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
nosso novo diretor é parceiro numa tentativa de mudanças.

este teatro, nestes três anos em que aqui trabalho, já passou por coisas inacreditáveis.

com a nova diretoria da fundação cultural esperamos que os dias vindos sejam melhores e mais claros.

meu relato, espero, sinalize um tempo e um lugar. nossa imprensa, como é notado, não se aprofunda em fatos, tateia em superfícies. nossa INTELIGENZIA paraense, um amontoado de sobas falastrões com anel de grau, nada diz que sinalize por aspirações de mudanças ou renovações. resta-nos os meios mais palpáveis, mais perto de nossos olhos, menos eclesiásticos.

a situação de nosso teatro é simples: verbos demais, fatos de menos.

a situação de nossos shows de música é simples: são coisas mal feitas e por isso, mal frequentadas. a culpa é da falta de dinheiro?

talvez sim.

faço indagações provocativas?

sim. faszer essas indagações seja necessário para criar quem sabe uma discussão.

então faço uma indagação: esses músicos recebem cachê quando fazem um show beneficiente?

bem, eu não vou ficar surpreso se a resposta for: não, eles não recebem, fazem esses shows solidariamente. hoje mesmo vou indagar a esses nobres colegas a respeito disso.


e os outros artistas envolvidos em um show de música, estes recebem alguma coisa neste tipo de evento? neste caso a resposta que me causaria surpresa seria a positiva. profissionais das outras linguagens não são respeitados em eventos musicais. Isso é fato!

salvo dessa mira alguns, que demonstram uma preocupação justificável com os seus shows a ponto de dar o real valor às outras linguagens envolvidas na criação do espetáculo. não vou citar nomes, nem pro mal nem pro bem. mas acreditem, a culpa pelos espétáculos vázios de platéia é desses músicos, desses artistas, que ainda vivem na década de oitenta, que não evoluíram e arrastam consigo, pro brejo, toda uma estrutura que não se renova e se mantém como estátua de sal.

.
.
.
.
.
.
.
.
.
.

primar pela excelência ou se deixar apenas como um teatrinho MEIABOCA, essa é a questão que subsiste ano após ano entre as paredes do TEATRO MARGARIDA SCHIVASAPPA, da FUNDAÇÃO CULTURAL DO PARÁ TANCREDO NEVES,lugar onde trabalho.
.
.
.
.
.

sábado, 5 de março de 2011

.
.
.
.
.
ao porto...

a embarcação de outrora, atracada e com os ferros enterrados ao fundo não passa de algo que já possuiu uma vida como a vida de um par...

agora apenas se confunde com o resto das velas não içadas.

.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
seria então como a sensação do marujo que amarra as cordas e atraca as velas e as expõe ao vento. fazendo isso tudo, depois, logo em seguida deixa ir ao mar a galé.

nada te prende mais a isto, diria uma voz.


nada te prende ao que te fez criar tal coisa.

.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
o aproveitamento de algo construído só se dá depois de algumas horas de vislumbre.

sério?

na minúcia de olhar atento encontram-se os defeitos. estão ali, mergulhados num lugar secreto, onde somente o olho criador consegue repousar.


é neste exato lugar onde agora estou.

alguma coisa foi provada a mim por mim mesmo?


sim. a principal delas: eu poderia ter feito melhor.

.
.
.
.
.