sexta-feira, 11 de março de 2011

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nosso novo diretor é parceiro numa tentativa de mudanças.

este teatro, nestes três anos em que aqui trabalho, já passou por coisas inacreditáveis.

com a nova diretoria da fundação cultural esperamos que os dias vindos sejam melhores e mais claros.

meu relato, espero, sinalize um tempo e um lugar. nossa imprensa, como é notado, não se aprofunda em fatos, tateia em superfícies. nossa INTELIGENZIA paraense, um amontoado de sobas falastrões com anel de grau, nada diz que sinalize por aspirações de mudanças ou renovações. resta-nos os meios mais palpáveis, mais perto de nossos olhos, menos eclesiásticos.

a situação de nosso teatro é simples: verbos demais, fatos de menos.

a situação de nossos shows de música é simples: são coisas mal feitas e por isso, mal frequentadas. a culpa é da falta de dinheiro?

talvez sim.

faço indagações provocativas?

sim. faszer essas indagações seja necessário para criar quem sabe uma discussão.

então faço uma indagação: esses músicos recebem cachê quando fazem um show beneficiente?

bem, eu não vou ficar surpreso se a resposta for: não, eles não recebem, fazem esses shows solidariamente. hoje mesmo vou indagar a esses nobres colegas a respeito disso.


e os outros artistas envolvidos em um show de música, estes recebem alguma coisa neste tipo de evento? neste caso a resposta que me causaria surpresa seria a positiva. profissionais das outras linguagens não são respeitados em eventos musicais. Isso é fato!

salvo dessa mira alguns, que demonstram uma preocupação justificável com os seus shows a ponto de dar o real valor às outras linguagens envolvidas na criação do espetáculo. não vou citar nomes, nem pro mal nem pro bem. mas acreditem, a culpa pelos espétáculos vázios de platéia é desses músicos, desses artistas, que ainda vivem na década de oitenta, que não evoluíram e arrastam consigo, pro brejo, toda uma estrutura que não se renova e se mantém como estátua de sal.

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