sábado, 19 de junho de 2010

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por onde anda a princesa vermelha?
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por onde anda a princesa vermelha?
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terça-feira, 8 de junho de 2010

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o dedo mindinho foi uma das melhores coisas que Deus fez pelos homens... principalmente pelos músicos que o utilizam. é o dedinho que se especializa na macaqueação daquilo que fazem e proporcionam a fascinação dos leigos que ouvem o resultado.

uma ranhura em minha garganta me indica que estou a ouvir o dedo mindinho.

se eu fosse poeta escreveria uma ode ao dedo mindinho.

justamente o dedo que andam a dizer estar em processo de extinção.

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Katablemata 7

DA COR À COR INEXISTENTE de Israel Pedrosa cita uma sentença reveladora logo de início:

“E HOUVE LUZ”. Que como todo bom biblista sabe, é do terceiro versículo do Gênesis.

Bem, como eu abordaria isso sem ser demasiado duro?

Acontece que um ponto de vista comico mas nem por isso desinteressante partiu da boca de um "brilhante" músico aqui da região. Ele em uma sala fechada vociferou: “A música é a arte soberana. A música predomina em várias artes... no teatro, no cinema... em tudo há música, ela é a primeira e a mais importante de todas as artes ...”

O que foi dito, é lógico, despertou polêmica, comum em círculos de criaturas pelo menos pensantes. para animá-la, cito o terceiro versículo do GÊNESIS, que afinal de contas é muito significativo ao vociferante, geneticamente ligado aos autores deste antigo livro.

Sabe-se que a audição nos acompanha deste que somos fetos. Mas não confundamos isso com as formulações e constructos iniciais da civilização. antes que a luz arregale os olhos, suponho, os ouvidos já percebem sonoridades circundantes. não sei como isso se deu no decorrer da especialização humana, nem quero ter que pesquisar pra falar aqui com mais certeza.

mas sem muita firulice: puta que pariu! como é que esse cara abre a boca e fala isso?


já toquei no assunto em postagens anteriores. estou a me repetir. eu nem sei se saberia como tocar no assunto sem me aprofundar. é o tipo de coisa na qual desperta uma vontade de escarrar palavrões. mas prometo que vou ler coisas novas e reler velharias que já esqueci e não assimilei ainda... depois volto com um bojo maior de veleidades verbais, que me darão uma profundeza maior no modo de mandar esse cara que falou isso pra...

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como prometi ao Júnior, aqui falo algo sobre quebrar a corrente de minha bicicleta. foi o que aconteceu ontem enquanto eu subia a pequena ladeira que se forma na calçada do teatro.

o fato triste é que a magrelinha me leva sem custos combustíveis para onde quero. mas de corrente quebrada...


fico eu aqui sem os pedais.

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domingo, 6 de junho de 2010

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ao observar que a gata Pandora habituava permanecer parada diante da janela, Aísha concluiu que a felina farejava e ouvia o mundo.

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quinta-feira, 3 de junho de 2010

A moça que carrega o novelo não entende os limites desse labirinto. há quem diga que seria melhor que o fio surgisse a ela mesma para que ela mesma fugisse de tudo.

Mas por algum motivo ela continua com a função única de apresentar a alguém a possibilidade da saída, continuando a estar tristemente presa.

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Aquela outra me distanciou da música. por ela, a distanciante, vejo todos os músicos agora. em muito, criaturas como entes ansiosos por fama e pelo reconhecimento de suas carambelas por um ciclo de eleitos.

que pena. já nem consigo me dedicar a encontrar o equilíbrio cósmico com o violino que tenho ao alcance. tudo parece sujo por nomes que deram a essas coisas que não cabem dentro de nome algum.

que vergonhoso isso de causar ânsia em outro. fazer com que que alguém que amava algo, passe a odiar esse mesmo algo. como o dono do carrossel que se diverte com os pequenos que se assustam diante das feias esculturas que ornam os paramentos do parque.

mas ainda assim, não odeio a música. odiável é sim a pasta engenhosa manipulada por estes dementes, que chega aos meus ouvidos não por meus desejos, mas por essa sina de estar sempre em potência de ser ouvinte de qualquer coisa.

odiáveis essas prostitutas de deus. odiáveis os prostíbulos onde vivem a se fingir santos. gente desonesta e volúvel a contaminar tudo por onde passam com palavras sacrosantas, rimas pobres, sarjas estampadas, sua pequena burguesia... sua falsa ansiedade de criação.

certa vez acreditei que do meio dessa lama pudesse surgir as mãos limpas que reconduziriam minha fé, como quem acredita que é do mundo de Sedna que a libertação surge sempre. mas desta lama nada poderia vir que não submetesse os anseios do ingênuo ao engano.


e assim eles continuam pelas coxias, a sujar tudo por onde passam. a entristecer a alegria antiga dos teatros. a vender sua alma ao diabo, ao cézar.


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sobre Ezinah busco uma saída. busco o novelo tateando no escuro.

dos carros ouço as vozes dos escolhidos e cada vez me dedico a me isolar nesse orgulho bobo ...

orgulho por não estar na fila...

de crescer horizontalmente.

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como quem busca resposta sobre o andar de bicicleta
como se nada se pudesse encontrar

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dou nome a todas essas novas personagens.
Ezinah é a que agora mais me faz o que me liberta.
Ezinah é o nome da princesa vermelha
que me leva onde quero.

Ezinah, a bicicleta.





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