quarta-feira, 16 de novembro de 2016

O AMOR CRIADOR

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surge quando o universo, como que com cuidado aproxima o que nunca poderia ter estado separado.

Está oculto no olhar do desatento, na hora exata em que enxerga o voo da borboleta ou o lento desabrochar de uma camélia que só acontece para o pouso de uma única abelha.

É como estar quieto e, num dia de pouco vento, ter a honra de ser o corpo no qual pousa delicada a flor da samaúma.
É tão raro, que sonhá-lo é quase o mesmo que perdê-lo.
É no sonho que se forja o seu tamanho e sua presença.
É enquanto desperto, que se entende sua ausência.
A alma sente quando ele se aproxima
E todas as outras almas de tudo, por um instante, recomeçam e retornam ao dia em que nada buscavam...
e tudo se enche de paz e se recria.
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A alma sente quando vai embora
e é assim que a paz se enche de tudo, para ter paz.
e tudo se cria.
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