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PELO COLAR DE MUSA
densidade é um líquido de demasiado amargor. retarda o que de pronto se deseja dizer.
observei a língua a lamber as sobras do beijo. estive muito perto de cair em tentação. sem poder evitar, a caça não pode retardar a fome e por estar faminta se entrega ao predador. mas não é essa queda nas garras alheias uma outra miSsão de quem aqui assume o risco de estar vivo?
temos uma desordenada pressa de quem se constata a evaporar. como se um lago todo evaporasse. como se no céu se pudesse vislumbrar a existência não de nuvens, mas de oceanos imensos que flutuam sobre nossas cabeças...
esses pensamentos me fazem um sentir pequeno. e o que somente por agora me recupera estribiliques, descobri isso hoje, é o que de música provém de ti. é em ti que reencontro a nave mãe dos meus solfejos, é de ti ao que me parece que eles brotam desde que sou entendido como gente.
e essa tentativa de tentar te absorver através de minha respiração é o que em desesperado fulgor me resta ainda de menino. levo partículas tuas para meu pulmões.
e assim me resta estre tempo de ares melhores.
e eu respiro.
respiro.
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