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então resolvo queimar na mente a casa que até então me abrigou. que arda a casa dor risos proibidos e suas janelas de vidros coloridos. que arda com isso toda a falsidade, toda a hipocrisia. que no subir da fumaça eu dobre o meu pescoço e caia de joelhos. o fim da espera chegou. abro os braços para aquela... musa de meus dias e reconheço que não há no mundo quem me possa amar de tal modo e que me reconheça pelo que sou ainda que na maior distância que exista...
como se isso não fosse todas as que em mim se alcançam a descobrir que em mim e no que faço podem ser o melhor que sou...
vejo arder a casa dor risos proibidos. e nem cheguei a contar como foi que ela me surgiu. que foi num sonho onde uma criatura me dizia que se eu dobrasse os joelhos eu poderia voar como voam os anjos de pedra. mas se eu optasse em voar sempre dali eu não sairia, seria o reflexo interminável das lâminas das janelas da sala. ninguém acreditaria em mim se dali eu saísse e dissesse que dentro da casa eu poderia voar como os anjos e que por isso era proibido de sorrir.
daqui recomeço em novo tomo.
Mas então em mim me veio de novo aquele desejo de ser o que falta ao serestar de Belleine, o raminho verdevida que a pombinha carrega ao bico como que para sinalizar que o mundo sempre floresce depois de uma tragédia".
Refloresça mundo. Refloresça.
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