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tenho pedalado com muita tranquilidade. ainda não há o clima de verão. o janeiro é bem mais carregado desse clima de praias e aventuras, ainda assim se pode ver pessoas chegando à cidade com um espírito ansioso por aventuras e divertimentos. saio de bicicleta em busca da ciclovia principal que me leva até a orla. o único problema é que os motoristas daqui são afoitos demasiado, e numa cidade em que a relação carro/pessoa é de quase um pra um, cria-se um desenho de tráfego onde não se beneficia o pedestre, muito menos o ciclista. As faixas de trânsito são mal posicionadas e os caras correm muito, sem precisão. é uma cidade pequena e organizada. a velocidade é algo que beira a burrice e causa mortes.
Aísha tem me acompanhado nas aventuras e isso tem causado algo bom em mim. ela é cheia de uma doçura que automaticamente tira qualquer nuvem negra da cabeça. é uma tranquilidade, uma pureza de alma e uma candura que dão essa certeza de que tudo o que fazemos, nós criaturas comuns, é quase inútil, e de que a vida é muito mais simples e descomplicada.
estou apaixonado por ela.
sinto-me saudável. fico pensando na imagem de uma cara que, depois de se rastejar na lama e por isso ter o corpo recoberto de lesmas e sanguessugas, toma um banho e se sente limpo.
pelo excesso de experiências e uma certa ansiedade pelo movimento, não consigo me aprofundar nestes escritos. o dia está lá fora. a vida está lá fora.
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