quarta-feira, 8 de dezembro de 2010


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quando ela me encontrou eu estava febril. por um tempo bem longo muita coisa que forma os prédios antigos da cidade velha e até mesmo forma os prédios modernos da cidade tumultuada me chamavam atenção. desde pequeno quem é que não mede a altura dos arranhecéus ou imagina com vida as estátuas de indias seminuas que povoam as praças?

se eu tivesse cem gramas de força eu daria a ela de presente

se eu tivesse uma tonelada de força sobrehumana eu daria a ela de presente


a lição de babel não é a culpa pelo enrolar das línguas humanas. a lição de babel diz que o homem é capaz de desejar tocar os céus. o homem nunca tocará os céus? claro que tocará! um dia, quando isso acontecer quero estar sob um umbral bem resistente para que eu não me importe se o mundo todo desabar.

se eu tivesse que levá-la ao meu imaginário quase morto, ela reconstruiria a cidade de seus escombros. e era uma cidade tão magníficamente destruída...

eu pediria a ela: reconstrua a minha bela Antrofazia...

reconstrua tudo como se não reconstruísse. reconstrua como se criasse. como sendo deusa em papel e cola confeccionasse um boneco para alegrar as noites de seu filho.

se eu tivesse força alguma eu mentiria a dizer que daria a ela todas as grandes forças universais que habitam em mim.

e seria poético a dizer que minhas forças são as que dela a mim se projetam

como um planeta e seu sol.
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