domingo, 11 de setembro de 2011

SHARBAT

para o belo rosto  ideal dos anseios de Serafin, imaginei olhos afegãos, arregalados e verdes, ultrapassando o limite dos corpos atingidos por seu olhar. belos olhos, como os olhos de Sharbat.

Um homem sabe e reconhece uma bela mulher, mesmo sendo o mais rude dos homens.

e é no avatar de uma bela mulher, que Serafin repousa a maior parte de tudo o que espera:

a verdade
a felicidade
a divindade criadora
a inspiração
a poesia
a solidão
a tristeza

...


uma bela mulher de olhos afegãos e rosto eternamente coberto. um corpo inteiro de véus idesnudáveis e uma furtividade de fantasmas.

a pequena grande criatura feminina vista ao longe, gigantesca e intocável.

se nunca ouviu isso antes, ouça gora, ouça e compreenda: Serafin fez deusa a sua catexe.

2 comentários:

  1. Espero,
    todo dia (nem sempre santo)

    por essa mágica
    esse fascínio...

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  2. depois da manifestação por mim mais esperada, essa sensação indecifrável e contente, essa dimensão onde o ar é um outro...

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