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(republicação)
"TEHLLEMA
A elegia chora o infinito e a natureza perdida de algo redentor. A elegia chora o ideal longínquo.
Porém, aqui não se espera, pois aqui é a casa da virtude e das vontades. E a casa das vontades é grande, com janelas que se abrem a todos os horizontes. Esta casa está quase sempre vazia, nela o primeiro anseio a surgir é dela sair em viagem. Esta casa é Tehllemah. Passa através dela o prodigioso vento criador trazendo os grãos das terras que ficam muito além do rio de cor laranja; muito além das terras do cavaleiro; muito além das muralhas sinuosas de antrofazia , cidade dos circos, dos aplausos, das luzes da ilusão.
Aqui não não há elegias.
aqui restam os murmúrios esperançosos da criatura de mil faces, possuidora do poder de se confundir à multidão. Em Tehllema, sua multiplicidade de fisionomias se resume a uma só, e esta não é nenhuma das milhares que costumeiramente se vale para caminhar entre as hordas. No interior de tehllemah ele caminha seminu, envolvido de linho fino, seu olhar é sereno, sua voz pouco se ouve, ele se coloca ao alpendre e observa através das janelas. Ele está com sono mas nunca dorme.
Construiu tehllemah em dias difíceis, pouco tempo depois de chegar ao sossego.
Desejo de ficar só
argamassa que catalisou os tijolos desta casa."
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