sábado, 6 de novembro de 2010

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hoje, através da janela do ônibus, vi um homem que trafegava pela calçada. sua imagem me ficou como a imagem de quem tinha uma tatuagem no pescoço. a tatuagem era o seu passado. o passado tatuado em seu pescoço.

ele cumprimentou uns operários que se aglomeravam ao redor de um carro de lanches. seu cumprimento era amigável e gesticulado. um sorriso sutil permanecia em seu rosto. o verde da tinta da tatuagem era bem próximo do verde que tingia sua roupa. o sol não estava tão quente, nem o trânsito estava irritante. afastou-se o ônibus daquele lugar onde estivera parado, assim fiquei me repetindo a frase que me levaria a não esquecer a visão que mantinha em si a cara da manhã de hoje: o homem com a tatuagem no pescoço... o homem com a tatuagem...

ou era a tatuagem com um homem?

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