Redenção, ó redenção,nessas noites de insônia, minhas mãos se revelam a sentir toda graça do mundo, toda a cor, toda a cor deste mundo, esperei poder ver, cada cor como quem vê o amor construído em mil pedras pesadas, redenção.
Quando por vezes falei “arco íris rouco”, falava de tua voz nos meus ouvidos.
Quando pude andar, tratei de me afastar, de correr pro outro lado, descobrir esse mundo, decidir os caminhos, já que esta é a sina que nosso aprendizado de sermos fortes nos impõe. Meus pequenos passos, pequenas sementes.... que de um outro jeito posso supor, que mais e mais me prendem onde fico... mesmo que eu pense estar correndo para me afastar.
Tua mão me indicava, um lugar mais tranqüilo, um caminho aberto, e um outro lugar a se chegar, estreito, em constructo.
Redenção nessa tua velhice, me seria o florescer de minha alma toda a glória do teu amor triunfante a me bordar durante mil anos.
Redenção que me abriga, diante desses braços abertos
Em mil preces amedontradas de um menino que convalesce diante do som dos trovões
Encontre-me, no saguão a me esconder
A esperar que o dia acabe
Pra deitar comigo
Ela, que habitava aqui junto, agora estaria a esticar a massa sobre a mesa
A buscar a sobrevivência
A não ficar quieta diante das horas...
A rezar suas avemarias durante o pordossol
Mas o teu olhar agora nem entende a minha fisionomia
Teu olhar agora nem compreende os movimentos dos meus olhos
Nem a surpresa que me assola de te ver assim tranqüila
Como se estivesse sentada num jardim florido em vento em final de tarde
Cheia de amor e um calor incessante...
Cheia de tempo para dar o maior amor do mundo
Sem dar a nada o maior Amor do mundo
E o amor menor como lágrima agora me brota
Nesse jardim as lágrimas são pólem
Elas cobrirão o chão
Elas florescerão até o fim dos meus dias na terra
Ninguém me vociferou que o amor menor seria triste
Ou que amor tinha disso de tamanho ou hora
Mas é que tenho que achar um jeito de dizer
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