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Onde mora a dor que me marcou tão profundamente a carne e a alma? Essa pergunta o tempo me sopra sempre que me sinto tão ruim comigo mesmo, diante de minha própria companhia, quando de alguma forma eu consigo medir o tamanho de minha infelicidade.
Eu preciso dizer-me infeliz, profundamente infeliz. Dizendo-me assim, aceitando-me assim, quem sabe eu consiga medir ao alcance dos meus passos o caminho que talvez vá me levar à cura. Suponho que a cura para minha infelicidade esteja onde tudo começou. É por isso que há uns dias planejo voltar ao brejo onde nasci. O brejo onde vivi a minha primeira vida, uma vida que eu já não lembro mais, que vivi desde o momento em que fui parido até os quatro anos de idade. Eu tenho uma forte suspeita que nesse curto espaço de tempo eu vivi a minha mais completa felicidade. Ali no brejo, na mata, na beirada do rio, no meu lugar mais amado, o meu éden já tão antigo e distante.
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