terça-feira, 3 de maio de 2011

.
.
.
.
.

certa vez, do meio da multidão um homem indagou:

de que adianta o veleiro estar reformado e brilhante se não há mais quem nele navegue?

todos então passaram a se indagar por onde andaria Maricéu?

morrera?

cansara?

ou por uma distração com outras belezas do mundo esqueceu o veleiro desamarrado no cais e assim ele se foi sozinho no menor dos ventos, suficiente para soprá-lo a outros confins sem ela?

mas o mesmo indagador indagou outra coisa:

teria alguma beleza o veleiro mesmo pintado e reformado sem Maricéu?

.
.
.
.
.

Nenhum comentário:

Postar um comentário